A contemporaneidade - em sua teia de relações e significados – tem se manifestado, principalmente na presentificação do sofrimento, com questões cada vez mais complexas. Diversos adoecimentos surgem e exigem novas posturas e atitudes para recepcioná-los. As manifestações dos espectros autistas, a hiperatividade e déficit de atenção na infância; as automutilações, suicídios, tédio, ausência de sonhos e projetos de vida na adolescência; as descontinuidades na vida adulta expressas nas dificuldades de vinculações afetivas que sustentem parcerias, nas interrupções no trabalho devido à ausência de significação do mesmo, na constante ânsia hedonista como sinal de felicidade; o envelhecimento vivenciado como decadência, isolamento, solidão e perda de um mundo de sentido. Estas manifestações solicitam dos profissionais da área da Saúde e Humanas outros posicionamentos e compromissos para acolherem o sofrimento contemporâneo. Não mais podemos olhar e acolher tais sofrimentos apenas pela perspec