A inserção dos psicólogos nas políticas públicas de saúde e assistência social nos últimos anos vem gerando inquietudes e discussões quanto à adequação de métodos e teorias capazes de subsidiar um trabalho ético que se insira na tênue fronteira entre indivíduo e sociedade, já que o papel da clínica e da terapêutica tradicional choca com as exigências de novos posicionamentos políticos e compreensões psicossociais. Nesse sentido, essa obra se propõe, a partir de alguns princípios filosóficos clássicos da clínica de orientação fenomenológico-existencial, pensar a inserção dessa no contexto das comunidades populares brasileiras. Para tanto, descreve-se os mundos populares em seu estado histórico e atual de modo a problematizar os métodos da terapêutica clássica para o atendimento comunitário e individual em suas especificidades. Para isso, o conceito de hilética, oriundo da fenomenologia filosófica e utilizado pela filósofa italiana Ales Bello para a análise das culturas, serve ness