Brasil é um arquipélago cultural, para usarmos a expressão de Vianna Moog, na sua interpretação da literatura brasileira. Por sua vastidão territorial, em uma época com todo o tipo de dificuldades de comunicação, o Brasil fez surgir núcleos espalhados por suas variadas regiões. Estes núcleos ficaram fechados em si mesmos, como mônadas leibnizianas, sem portas e sem janelas. Só em tempos mais recentes eles se abriram, se divulgaram e se cotejaram. Por óbvio, as regiões centrais do país, porque incluindo o poder político e o econômico, se destacaram e se tornaram mais visíveis e, por vezes, se apresentaram como únicas no país. As regiões periféricas se tornaram desconhecidas. Seus nomes mais destacados só se tornaram visíveis quando deslocados para o centro, por razões políticas ou por oportunidades profissionais e/ou culturais. O Brasil apresentou, no seu desenvolvimento, diferentes polos, como Salvador, Recife, Fortaleza, Belém do Pará, Ouro Preto/Belo Horizonte e Porto Alegre/Pelotas