A Revolução do Haiti e o Brasil escravista o que não deve ser dito trata de repercussões da Revolução Haitiana 1791 1825 no Brasil 1800 1840 colonial e imperial. Antirracismo, crítica à escravidão e afirmação das soberanias nacional e popular sãoo pano de fundo da narrativa fios de uma trama que interliga protagonistas brasileiros na época do processo de Independência à ilha rebelde no Caribe. O historiador Marco Morel levou 15 anos elaborando o livro que inicia com uma síntese daquele evento, do qual resultaram o único Estado nacional oriundo de uma insurreição de escravos no mundo e, nas Américas, o primeiro país a abolir a escravatura e a segunda proclamação de Independência. Apesar dainvisibilidade construída, tais episódios e seus personagens eram bem conhecidos entre as elites letradas e além delas. Os ecos dos acontecimentos constituíram fantasmas mas encontraram, também, recepção favorável no Brasil entre setores diversos da sociedade. O silêncio do passado é eloquente. De impensável, o acolhimento da Revolução do Haiti tornou-se inaceitável, não-dito.